Nos anos 90, uma grande tragédia abateu o mundo dos quadrinhos: A Morte do Super-Homem. Após isso, alguém precisava substituir o Azulão, então quatro pretendentes surgiram para o cargo, e um deles foi um clone feito pelo projeto Cadmus, o Superboy (de jaquetinha). O personagem ganhou grande fama, e depois que o Super-Homem ressuscitou e a poeira baixou, ele ganhou sua própria revista mensal! Karl Kesel e Tom Grumett assumem a revista á partir da primeira edição. Este encadernado novo da Panini reúne as edições 1-10 de Superboy além da edição 0 especial.
O encadernado não tem uma história em si, podemos dizer que são aventuras cotidianas do Superboy no Havaí.
O Superboy de jaquetinha acho que é um dos melhores frutos desse período conturbado que foi os anos 90. As histórias contidas nesse encadernado são muito divertidas, óbvio que não nada genial já que a ideia era mesmo ser um quadrinho para adolescentes, mas elas servem ao seu propósito, o Superboy representa bem o que era o adolescente noventista (falou a pessoa que nasceu 20 anos depois). Tem umas histórias muito legais como na edição 5 que mostra um personagem havaiano que consegue ganhar poderes e o seu sonho desde criança era ser um super-herói verdadeiramente havaiano, e não precisar depender dos heróis importados estadunidenses, isso é uma crítica muito bem pensada contra o tipo de neocolonização que os Estados Unidos fazem com o Havaí.
O que eu achei curioso é que três das 11 edições contidas no encadernado são partes de grandes sagas dos anos 90; as edições 6 e 7 são partes da história "Quando Mundos Colidem" um grande crossover do universo do Super-Homem com a divisão da DC, Milestone, a subdivisão que criou o Super-Choque (que vai dar um choque no seu sistema). E a edição 8 é um tie-in da megassaga Zero Hora onde o Superboy de jaquetinha encontra o Superboy original, que era o Super-Homem mais novo durante sua infância em Smallville.
Outra coisa que gostaria de elogiar é a arte do Tom Grumett que está muito bonita, eu já gostava dele quando ele desenhava Robin, mas agora gosto mais ainda, o dinamismo e anatomia dos personagens são lindas gosto muito mesmo do Tom Grumett. Uma coisa que achei meio exagerada no quadrinho é como o Karl Kesel deixa o Superboy muito tarado, principalmente depois que ele recebe os óculos de raios-x na edição 0, acho que deve ser coisa da época mas hoje em dia pega supermal, a edição deveria vir com aquele aviso que alguns filmes tem "essa obra retrata realidades da época e não sei o que não sei que lá".
Gostei muito, só fico triste que talvez não tenham mais volumes dessa fase pois nos EUA só teve esse, mas nada impede da Panini fazer sua edição 100% nacional. Nota: 7,5/10.
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Por Theo Pacheco.
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