Review - "Absolute Mulher-Maravilha: A Última das Amazonas"



O arco "A Última das Amazonas" é o primeiro arco da versão da Mulher-Maravilha do novo universo da DC Comics. Ele é escrito por Kelly Thompson ("Capitã Marvel", "Gaviã Arqueira: Detetive Particular") e desenhado por Hayden Sherman ("The Few", "Above Snakes") e pega as edições 1-5 de "Absolute Wonder Woman" de outubro de 2024 a fevereiro de 2025.

O arco conta sobre a primeira empreitada de Diana para defender o mundo dos homens, além de sua origem, que nesse universo, as amazonas foram dizimadas por Zeus pelos seus crimes e a única que restou foi Diana ainda bebê, nisso, Hermes a levou para a Ilha Selvagem no Inferno para ser cuidada pela bruxa Circe, que no universo principal é uma vilã da heroína e que até recebeu destaque na série animada "Comando das Criaturas" do DC Studios no início do ano.

Eu já esperava que esse quadrinho seria bom, não que ele seria incrível, mas que seria bom, e eu fiquei bem satisfeito com o que eu recebi. O arco em si vale mais pela apresentação da origem de Diana no inferno do que pela trama principal da Mulher-Maravilha em Gateway City, porque a trama do presente é algo bem básico (não ruim, básico) sobre a Diana derrotando um monstrão gigante chamado Tetracida que tem esse nome porque pode te matar de quatro formas diferentes, o design do monstro é bem assustador e muito bem feito por Sherman, ele realmente mandou bem nisso, assim como Thompson que criou essa ideia que é bem horrível. É muito interessante ver como Circe criou a amazona na Ilha Selvagem pois ela ficou desde pequena exposta ao perigo fazendo com que essa versão seja ainda mais durona do que a da universo principal que já bastante casca grossa.

Apesar da trama ser bem desenvolvida, o final é meio idiota nas últimas páginas. [ALERTA DE SPOILER] Diana vence o Tetracida usando um laço que se chama "Sacrifício", pois quando ela o usa,  se torna uma Medusa de uns 40 metros de altura e perde toda a consciência de Diana e vira apenas a medusa. E com o nome do laço e o discurso que ela faz antes de se tornar a besta, parecia que seria um desafio grande para que ela pudesse voltar a ser Diana, mas não, bastou só duas frases com o Steve Trevor e ela volta, simples assim. O problema não foi ela ter voltado facilmente, o problema foi a autora ter criado todo uma aura de (literalmente) sacrifício antes e no final ter significado quase nada, pois é só ela ter alguma pessoa próxima a ela por perto que dá pra voltar.

A arte de Hayden Sherman aqui está deslumbrante, todos os títulos Absolute estão com esse primor visual, parabéns aos desenhistas e ao Chris Conroy que está fazendo um grande trabalho de editor. Os layouts e a quadrinização desse arco é muito bela e diferente, acho que eu nunca vi um quadrinho com quadros tão singulares assim (talvez o Monstro do Pântano), é uma arte bem diferente mas muito bonita.

Um quadrinho leve e com conceitos muito interessantes que se Kelly for competente, explorará nos próximos arcos, que inclusive, estão prometendo bastante. Se tiver oportunidade de ler, leia, não é desperdício de tempo. Nota: 4/5.

Leia nossa review do "DC All In Special" para saber mais sobre o universo Absolute. Nos siga no instagram @dcnautascast e ouça nosso podcast no Spotify. Sexta tem o artigo sobre o primeiro arco de Absolute Superman, será que Jason Aaron honrou o legado do maior herói da história? Até lá.

Por Theo Pacheco.

Direita: capa completa por Hayden Sherman. Esquerda: capa variante por Wes Craig




Comentários