Review - "Arqueiro Verde: O Som da Violência"

 


"O Som da Violência" é o segundo arco de Kevin Smith no Arqueiro Verde que é um pouco menor (a metade) do que "Espírito da Flecha" mas é muito bom igualmente. Como já dito anteriormente, ele tem roteiro de Kevin Smith e desenhos de Phil Hester, pega das edições 11-15 de Green Arrow publicado em 2002, foi publicado aqui nas edições 6-8 de "Arqueiro Verde" da Panini Comics Brasil de 2003.

O arco conta sobre um assassino chamado Onomatopeia que está assassinando heróis de outras cidades e cruza seu caminho com o(s) Arqueiro(s) Verde(s). Além disso ele explora um pouco mais o relacionamento de Oliver com Dinah.

Eu gostei bastante desse sequência de histórias, acho que Kevin Smith se dá melhor com histórias mais curtas assim do que com muito grandes, não querendo menosprezar "Espírito da Flecha" mas eu fiquei mas satisfeito quando eu terminei esse arco do que com o anterior. As duas primeiras edições (11 e 12) não tem muita relação com o arco em si, a 11 é só um aprofundamento de Oliver com Mia, que vai se tornar a nova Ricardito e a 12 é um encontro romântico de Oliver com Dinah, além de uma das melhores cenas do Arqueiro com Gavião Negro. O arco principal que é demais, são 3 partes que te deixam na ponta da cadeira para ler, é um cliffhanger atrás do outro, no final da 13 quando [ALERTA DE SPOILER] o Connor leva um tiro e desmaia, você não tá nem esperando por aquilo, tava tendo inclusive uma cena cômica antes e ela vem e BLAM. Na última edição, quando o Arqueiro está ameaçando Onomatopeia falando que se Connor morrer, o vilão morrerá também é muito tensa e tem um layout pica do Phil Hester, e no final da 14, quando todo mundo leva uma surra do Onomatopeia e Oliver chega já sacando uma flecha você pensa "Agora o bicho vai pegar". 

Oliver confronta Onomatopeia. Por Phil Hester.

A ideia do vilão é muito boa, ao falar ela parece meio estúpida ("um assassino que repete os sons das coisas") porém acaba funcionando muito bem ainda mais porque Hester acaba colocando mais onomatopeias quando o vilão está agindo, pode-se comparar com o uso delas em "Espírito da Flecha, por exemplo, ele põe muito mais e dá som a praticamente tudo que está acontecendo, esse destaque às onomatopeias cria uma aura de que o vilão está por perto e que o perigo está a espreita, criando uma atmosfera até assustadora. Agora falando da arte, Phil Hester tá voando nesse gibi, como tá bonito, os dinamismos, a anatomia, principalmente na última edição, está tudo muito bonito. Assim como as capas do Matt Wagner que continuam lindíssimas.

Roteiro impecável e arte exuberante, Kevin Smith continua com a boa qualidade, pena que ele sai do Arqueiro depois disso. Uma história mais curtinha e redondinha, merece uma boa nota. Nota 5/5.

Leia a review de "O Espírito da Flecha" na página inicial ou clicando no marcador "Arqueiro Verde". Nos siga no instagram @dcnautascast e ouça nosso podcast no spotify. Até o próximo artigo.

Por Theo Pacheco.

As capas lindíssimas de Matt Wagner para as edições 12, 13 e 15 da direita pra esquerda


Comentários