A fase de Peter David na revista Supergirl foi extremamente importante para a personagem pois a revitalizou para uma nova geração de leitores dos anos 90, além de trazer muito mais profundidade para a personagem e desenvolvê-la de modo aprofundado. Este volume tem roteiro do lendário Peter David, como dito antes, e desenho de Gary Frank ("Superman: Brainiac", "Batman: Terra Um"). O primeiro volume contém as edições 1-9 de Supergirl de 1996-97.
As primeiras nove edições não tem um grande arco mas pode se dizer que a nona edição conclui uma grande trama que estava sendo contada desde o começo. A primeira edição apresenta a origem da Supergirl que acompanharemos durante a série, que por causa de um culto satânico, ela se funde com a jovem Linda Danvers que estava para ser assassinada se não tivesse sido salva, apresenta também o antagonista principal dessa trama, o Buzz, um ex-namorado de Linda que é um demônio-abelha (ou alguma coisa assim).
Como Peter David escrevia bem, tudo que o cara tocava virava ouro. A personalidade dessa Supergirl e a trama que se segue até a edição 9 são muito bem construídas, em duas edições você já sabe como ela pensa, sente e age. David não faz simplesmente um Super-Homem mulher genérico, Supergirl tem dilemas e acima de tudo, é humana. O evento da fusão entre ela e Linda faz com que ela ganhe esses traços de personalidade e pare de ser aquele Super-Homem feminino, e a edição em que isso é melhor ressaltado é a quinta edição com o título "Desequilíbrio Químico", nessa edição, um composto químico originado de um antigo vilão do Super-Homem ganha vida em um laboratório e fica gigante, então Supergirl precisa aparecer para impedi-lo de destruir a cidade inteira. No conflito, Supergirl acaba entrando no monstro (que é uma gosma gigante) tem um diálogo com o inimigo sobre o que é estar vivo, e se algum deles realmente está vivo, nisso o monstro explode quando descobre que ele nunca conseguirá ser humano, nunca estará vivo. É um diálogo incrível que só vai poder ser apreciado com toda sua qualidade lendo. (Quando terminarem de ler, procurem essa edição em Superboy 22 da Editora Abril de 1998). O grande terceiro ato desse volume (ed. 8 e 9) é um [ALERTA DE SPOILER] jantar da família de Linda com Buzz que está disfarçado de bom moço. O clímax dessa história é simplesmente incrível com a desmaterialização divina de Buzz e o dilema de Supergirl se ela mataria ou não o Tempo Esgotado. P@#$ que pariu esse quadrinho é muito bom.
Uma arte pica de Gary Frank e um roteiro genial de Peter David. Nota: 5/5.
Essa review foi feita em homenagem a Peter David, uma pessoa que sempre foi genial em seus quadrinhos e morreu porque a grandes empresas são cruéis e injustas. Vai deixar saudade.
Por Theo Pacheco.
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