Daqui a 6 horas (esse artigo foi publicado 08h em ponto), a equipe do DCnautas estará assistindo a Superman, a nova aposta da DC no cinema e que pode ser a salvação da editora nas obras audiovisuais. James Gunn, o diretor do filme e cabeça dessa nova era da DC, confirmou que alguns quadrinhos inspiraram o filme, e entre eles está este que falarei hoje: Grandes Astros: Superman. Uma série de 12 edições que durou de 2005 até 2008, escrita por Grant Morrison ("Os Invisíveis", "Patrulha do Destino") e desenhada por Frank Quitely ("Flex Mentallo", "LJA: Terra 2"), "Grandes Astros: Superman" veio de uma nova linha de títulos que Dan Didio queria produzir, mas acabou que só foi lançada essa e "Grandes Astros: Batman e Robin, o menino prodígio". Foi publicada originalmente nas doze edições de All Star Superman e aqui no Brasil foi publicado em muitos formatos, o mais recente foi um edição absoluta bonitona.
A história do quadrinho é sobre os últimos dias do Homem de Aço depois que seu corpo sofre uma sobrecarga de raios solares que começam a matar suas células, ele está literalmente se desfazendo. Antes de morrer, Super-Homem vai precisar realizar 12 trabalhos.
Eu acho até difícil falar sobre esse quadrinho. Ele é algo tão diferente e tão singular de tudo que já foi escrito do Super-Homem, são 12 capítulos de aventuras do Azulão lidando com sua morte próxima junto de coadjuvantes, o que Morrison faz é uma grande homenagem à história do Super-Homem, trazendo elementos desde a Era de Prata até os anos 2000. Eu acho que Grandes Astros é o Cavaleiro das Trevas do Super-Homem, uma história que se passa num futuro próximo onde conta o final do personagem.
Tem alguns capítulos que se voltam para focar em algum coadjuvante de Kal-El e pra mim, esses são os melhores, o capítulo 5 é a melhor edição das 12 além de mostrar aquele que para mim, é o Lex Luthor definitivo, ele tem a loucura, a inteligência, o egocentrismo e a vaidade que um Lex Luthor deveria ter, ele representa exatamente a personalidade do vilão, algumas falas dele demonstram isso, como na primeira edição quando ele dialoga com um general que estava o prendendo e fala:
"[...] há uns três meses, vi no espelho uma odiosa teia de finas rugas ao redor dos olhos, e me dei conta de uma coisa: Estou envelhecendo e ele não"
Esse é o jeito que eu mais gosto que um escritor desenvolva o Lex, quando ele usa a vaidade para a "origem" do vilão, que ele não aceita que alguém tem poderes e é o ser mais poderoso do mundo e esse alguém não é ele. Isso "Origem Secreta" erra um pouco pois o Johns não traz tanto essa parte do Lex. No capítulo 5 também, que conta de uma entrevista de Clark Kent e Lex Luthor na prisão, o vilão fica o tempo todo mostrando os seus músculos e provando sua inteligência para Clark, sempre se confirmando ser superior ao desajeitado jornalista. Mas uma coisa que eu achei meio exagerada ainda nesse capítulo 5 foi a primeira página quando o juiz fala que Adolf Hitler é uma das pessoas que Lex "admira e venera como heróis e exemplos de vida", calma lá também, Grant Morrison, não exagere.
Lex exibindo os músculos. Por Frank Quitely. |
Essa imagem já circulou bastante por aí. Por Frank Quitely. |
Esse quadrinho além de ser uma homenagem, ele é o significado do que é o Super-Homem (vocês vão ver eu falar bastante disso nos artigos da semana que vem), geralmente as histórias que contam o início do herói tratam isso muito bem, mas essa eu sinto que ela não só trata sobre o que é o Super-Homem, ela é o que é o Super-Homem. Nota: 9,5/10.
Comente o que você acha dessa história! Já leu? Continuem lendo as novas reviews e o Mês do Superman continua na próxima terça! Até a próxima!
Por Theo Pacheco.
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