Jeph Loeb ("Batman: O Longo Dia das Bruxas, "Homem-Aranha: Azul") e Tim Sale ("Demolidor: Amarelo", "Batman: Dia das Bruxas") são sem dúvida uma das grandes duplas dinâmicas das histórias em quadrinhos de super-herói, os dois já proporcionaram histórias incríveis juntos, realmente são poucas as que não são consideradas tão boas assim. E dessa vez, eles deram seu toque mágico no maior super-herói da história. "Superman: As Quatro Estações" foi publicado na minissérie Superman for All Seasons em 1998, aqui no Brasil foi publicada de diversas formas, as mais notáveis foram a minissérie da Editora Abril e esse ano, a Panini publicou no novo formato DC de Bolso (que só vai sair em agosto).
As Quatro Estações conta a história do início do Super-Homem com contos que passam pelas estações do ano, primavera, verão, outono e inverno.
Caramba, realmente quando o Jeph Loeb quer, ele escreve bem, eu acho que essa é a melhor história que já li dele (e talvez seja a melhor que ele escreveu mesmo). Ela é emocionante e dá as camadas precisas em cada personagem, todos são desenvolvidos no ponto certo. Eu achava que Origem Secreta seria a melhor história que conta o início do Super-Homem mas essa é bem melhor de longe. No final da história [SPOILER] na edição narrada por Lana Lang ela conta sobre os seus sonhos com Clark e nas últimas páginas, ela diz exatamente o que é o Super-Homem:
"As pessoas se perguntavam por que alguém com tantos poderes, se fosse verdade, os usaria para ajudar os outros, e não em benefício próprio. E eu só sorria. Ninguém se pergunta por que o chefe Parker saiu numa noite terrível para nos avisar, e nem por que um bombeiro invade um prédio em chamas. É necessário ver se alguém precisa ser salvo. Sempre que uma enfermeira faz um curativo. Quando um pastor consola alguém. Quando um pai abraça um filho."
Para mim, essas falas descrevem o que é o Super-Homem, aquele personagem que é o bem encarnado, que faz aquilo porque é natural para ele, porque é o certo a se fazer. E "As Quatro Estações" é sobre isso, sobre a relação que as pessoas tem com o herói, sobre como elas lidam com a presença do bem em suas vidas.
Agora falando da arte, Tim Sale mandou bem demais, esse é um dos trabalhos mais bonitos senão o mais bonito, o Super-Homem que ele desenha é meio gordinho, ele parece um travesseiro gigante, isso é para mostrar como ele deve ser acolhedor e não alguém muito forte, mas esse quadrinho não seria tão bonito se não fosse pelas cores de Bjarne Hansen que eu acho que fez tudo em aquarela pois as cores são tão vivas, leves e naturais, e isso dá um aspecto fantasioso, quase como de um livro infantil para a HQ e tudo fica lindo.
Que desenho lindo. Por Sale e Hansen |
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Por Theo Pacheco.
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