Review - "Superman: Origem Secreta"

Geoff Johns (Novos Titãs, Flash) e Gary Frank (Batman: Terra Um, Hulk) atacam novamente no universo do Homem de Aço, dessa vez recontando a sua origem em uma minissérie em seis partes lançadas em 2009. Aqui no Brasil foi publicada na mensal do Superman e no vol. 131 da coleção da Eaglemoss.

"Após a explosão do planeta Krypton, Kal-El foi mandado de foguete para a Terra, onde foi adotado pelo casal interiorano, Jonathan e Martha Kent, da pequena Smallville." Isso todo mundo já sabe, mas e depois?

E o Geoff Johns acertou novamente, nossa, como ele escrevia bem nessa época, é uma historinha bem divertida do início do Super-Homem aqui na Terra e principalmente em Metropolis, Johns cria uma personalidade para o herói muito boa que eu acho que é exatamente o que ele deveria significar: A esperança. Essa história deveria ser lida por mais pessoas hoje em dia, os quadrinhos do Super-Homem e até o próprio herói estão em uma posição que eles NUNCA deveriam ter entrado, poucas pessoas gostam do Super-Homem e esse desgosto vem pela fama que personagens que parodiam o herói (como Capitão Pátria e Omniman) estão ganhando com produções audiovisuais e as pessoas não querem mais saber daquele herói certinho que deveria significar a esperança e o bem encarnado, e sim daqueles que são maneiros e do "mal". Mas enfim, voltando pro quadrinho. O desenhos de Gary Frank pra mim está um pouco pior do que em "Superman: Brainiac", seus personagens civis estão sempre com esse olho de peixe morto e me incomodou da forma que Clark sempre é desenhado com os dentes um pouco pra fora, em Brainiac não estava assim, porém, em compensação, pra mim o Super-Homem daqui é o Super-Homem definitivo, Frank desenha ele de uma forma que não é muito musculosa, o que faz com que ele pareça forte mas não amedrontador, e ele exala bondade e leveza contagiante (Consigo até ouvir a trilha do John Williams quando vejo essa imagem).

Superman por Gary Frank

Mas as capas desse quadrinho são ridículas, elas seguem um padrão que em todas as capas alguém fica no meio e ficam duas pessoas, uma de cada lado, atrás. Em uma ou duas isso funciona mas em todas fica muito idiota e feio, as capas variantes também feitas por Gary Frank são melhores. Continuando na arte do quadrinho, o que o Gary Frank erra nos personagens coadjuvantes ele acerta nos vilões, nossa, mas todos os vilões desenhados por ele ficam muito legais, Lex Luthor, Brainiac, Parasita, até o Metallo que tem um uniforme feíssimo fica bem no traço dele. Uma coisa que gostaria de ressaltar na história é que quando Clark chega em Metropolis, ele esbara em uma senhorinha que não recebe ele nada bem e é super grossa falando que ninguém olha para cima na cidade, no final do quadrinho outro recém chegado comete o mesmo erro olhando para cima e esbarrando em uma senhora, mas dessa vez ele é bem recebido e a senhora fala que em Metropolis, todos olhavam para cima e ás vezes, conseguiam vê-lo. Isso incrível. Johns mostra que com a chegada do Super-Homem, a esperança e até a felicidade voltaram a Metropolis e agora as pessoas não precisam ser tão mal-humoradas e viver olhando para baixo, agora elas podem olhar para cima e ver o futuro.

Roteiro maneiríssimo, desenho bom (na medida do possível), é um quadrinho que representa bem a essência do Super-Homem e chega até a falar do período dele como Superboy, todo fã do Homem de Aço ou alguém que quer conhecer mais sobre esse personagem deveria ler essa HQ. Nota: 8/10.

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Por Theo Pacheco.

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