"Starman" foi a "reinvenção" e retomada do personagem da Era de Ouro escrita por James Robinson ("SJA: Era de Ouro", "Um Conto de Batman: Lâminas") e desenhada por Tony Harris. Seis anos antes, em 1988, já havia tido outro título mensal chamado "Starman" escrito por Roger Stern, porém esse não tinha nada a ver com o Starman original e tinha alguma pira com alienígenas (eu não li, então se estou falando alguma besteira, deixe seu comentário!). Eu irei fazer a review dos 10 TP (Trade Paperback, capa cartão estadunidense) dos Estados unidos, e na de hoje, irei falar sobre primeiro volume "Sins of the Father" ("Pecados do Pai").
Esse novo título mensal do Starman segue a história de Jack Knight, filho de Ted Knight, o Starman original da Era de Ouro, que após a morte de seu irmão, o Starman da época, precisa herdar o manto da família e se tornar um novo herói.
Sempre me falaram muito bem sobre esse quadrinho, e eu sempre tive vontade de comprar as edições de luxo pois elas são muito lindas, agora eu finalmente tive a oportunidade de ler o Starman do James Robinson e fico feliz de confirmar que realmente ele é tudo isso que falam. Esse primeiro volume, "Pecados do Pai", começa logo de cara (na terceira página) com o assassinato de David Knight, e isso faz com que o leitor fique com a sensação de que qualquer coisa pode acontecer além desse evento causar uma proximidade entre Jack e seu pai, Ted Knight (Starman original da era de ouro) e um conflito íntimo de Jack lidando com a morte do irmão e sobre como conviveu com ele durante a vida.
O Robinson desenvolve muito bem o relacionamento entre pai e filho apesar de ser o clichê clássico de um filho perfeito e um menosprezado, eu acho legal isso, mesmo que várias obras já terem tratado da mesma coisa, é interessante ver como cada autor vai trabalhar e desenvolver isso. Apesar de todo esse clima pesado de "Oh não! Meu irmão morreu!", "Oh não! Meu pai me odeia!" e "Eu não quero ser o novo Starman!" tem algumas páginas que tem alguns momentos engraçadinhos (eu pelo menos dei risada) como no primeiro encontro de Névoa e Shade quando o vilão diz que se lembrava de algo que havia feito com Shade mas na verdade tinha sido outra coisa, em outro ano e com outra pessoa; ou na quarta edição quando um cara foi enviado para a loja de velharias de Jack procurando por uma camisa havaiana, aí o Jack vai todo marrento pra cima dele e o cara diz "Mas e se eu comprar a camisa de você?" e o Jack fala "Ah, então temos um acordo mas você procura sozinho", demais, é nesses momentos que se vê quando um escritor é bom, quando ele consegue ter essa oscilação de narrativas diferentes, uma hora pode estar super dramático mas outra pode ser só um momento leve e engraçadinho, James Robinson escreve demais.
Devo destacar aqui também a arte deslumbrante de Tony Harris, ele tem um estilo único e próprio de fazer algo que é estilizado e realista ao mesmo tempo, eu gosto do jeito que ele desenha Jack pois ele não é tão musculoso como um super-herói, ele tem um corpo normal de gente comum, mostrando como nem todo super-herói é um super-homem.
Que bom que eu pude começar a ler esse quadrinho, tô gostando bastante e vou fazer as reviews para vocês aqui no blog, com certeza a escrita do James Robinson não vai cair de qualidade. Nota: 8,5/10.
Fique atento para as reviews dos próximos volumes e leia outros artigos no blog, quinta feira será iniciada uma nova série de reviews. Siga o instagram @dcnautascast e ouça nosso podcast no spotify! Até a próxima!
Por Theo Pacheco.
Muito bom cara! Fico feliz de ver Starman (minha série favorita) sendo descoberta por mais pessoas, e vendi quanto o Jack é uma personagem real. Muito bom texto também, único porém é a nota que de 0 a 10 é 11 kkkkk
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